O RCP chegou a ter quatro trabalhadores em comissões simultâneas de serviço militar em África: João, Óscar, Rui e jp, eu próprio. Em Dezembro de 1966 recebemos um programa de Natal gravado em Lisboa pela nata do pessoal do RCP e dedicado à malta da tropa.
Eram duas bobinas de fita de arrasto e eu não sabia como ouvi-las, lá, em Nampula. Até que o meu comandante de companhia me anunciou que tinha em casa um gravador de fita e era só questão de combinarmos o serão. O capitão juntou a família e eu cheguei com as bobinas. A primeira frase levou-me, porém, a carregar apressadamente no stop. Era a voz do Fernando Curado Ribeiro que lançava o aviso à navegação: «Afastem as mulheres e as crianças».
Conhecendo, como conhecia, o pessoal do RCP, pensei que seria recomendável seguir o conselho. Como se comprovou quando eu e o capitão ouvimos sozinhos as rubricas de um programa para adultos e com sérias reservas. Do melhor em termos técnicos e de arrebimba-o-malho em matéria de conteúdo. Exemplos: o Luís Filipe Costa recitava A Porra do Soriano, de Guerra Junqueiro: «Eu canto do Soriano o singular mangalho…» O Paulo Fernando declamava quadras de sua autoria, como esta: «Óscar, grande Óscar // sempre alegre e folgazão // amigo e companheiro // sempre cheio de tesão (Nota: as sopeiras do snack tasca que o digam)».
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